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A mostrar mensagens de abril, 2010

windows of perfection

anoitece em Arambol a memória entrega-me ramos de flores que deixei de merecer há muito tempo atrás, pétalas cor de cobre e espuma. (em mim a piedade reencarna em noite.) quantos lugares percorreremos até encontrar o vale de                                                                Shangri-La ?] quantas cidades santas atulhadas de homens? quantos hospícios cheios de santos, até que tu nos venhas finalmente mostrar o caminho? durante séculos vivemos na cela da virtude víamos o sol pelas grades da janela da perfeição jamais bronzeávamos a pele era-nos interdito desfrutar o calor do sol. o melhor que fizemos foi tomar alguma cor no rosto cansado de                                                                       contemplar Deus.] agora que somos finalmente livres já não amamos o sol, virámos-nos antes para Oriente, na noite da nossa miséria em busca das fórmulas dos negadores da vida. contorcemos o corpo em posses bizarras; no lugar de nos estendermos na areia quente deixan

St. Jordi

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uma rosa e um livro: um beijo desde Goa.

Le crépuscule d'une idole. L'affabulation freudienne

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Com o livro " O crepúsculo de um ídolo" Michel Onfray comprou um bilhete de ida para o inferno ou conquistou ainda mais espaço na arena parisiense? A seita psicognóstica está "rabiada". Não terá o poder da seita comunista de Sartre mas encontro semelhanças entre o publicação por Camus de "O homem revoltado" e o actual livro de Onfray. A ler com a máxima urgência! Perpignan , please! Le Mot de l'éditeur  : Le crépuscule d'une idole Michel Onfray, cohérent avec lui-même, s'en prend ici à une religion qui, bien plus que les monothéismes qu'il pourfendait dans son Traité d'athéologie, semble avoir encore de beaux jours devant elle. Cette religion, c'est la psychanalyse - et, plus particulièrement, le freudisme. Son idée est simple, radicale, brutale : Freud a voulu bâtir une " science ", et il n'y est pas parvenu. Il a voulu " prouver "

Índia, Om Beach (Gokarna), dia 33

à medida que as férias acabam recomeça a racionalidade. tipicamente numas férias normais na primeira semana ainda não estamos de ferias e na última já não estamos realmente de férias! a propósito da carga fiscal: "Dans son ouvrage De l’esprit des lois publié en 1748, Montesquieu aborde le rapport entre les tributs (impôts) et la liberté en écrivant : « On peut lever des tributs plus forts, à proportion de la liberté des sujets ; et l’on est forcé de les modérer, à mesure que la servitude augmente...Il y a dans les Etats modérés un dédommagement pour la pesanteur des tributs, c’est la liberté. Il y a, dans les Etats despotiques un équivalent pour la liberté ; c’est la modicité des tributs ». in " Impôts et libertés " mas como ainda estou de férias:

Índia, Om Beach (Gokarna), dia 30

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estou num lugar viciante. é difícil sair daqui. e algumas fotos, India, 4a semana

Índia, Om Beach (Gokarna), dia 29

como prometido foi o fim da Índia, o fim da Índia real. cansei-me de indianos cansados, mauzinhos e resignados com a profunda maldade desta sociedade e mais me cansei das hordas de ocidentais ignorantes e desorientados que em vez de buscarem dentro de si as respostas vêm a estes ashram's de pacotilha comprar mitologias prêt-à-porter incompreensíveis para todos os não iniciados. no mar tudo é diferente, nove dias em Goa, com boa música ( Hekuly Zé ), boa comida e cerveja recuperaram-me para a maravilhosa frase de A. Camus: "nos homens há sempre mais a admirar do que a desprezar". para tentar perceber que parte desta liberdade é apenas o efeito tuga-Goa e que parte é mar e sul da Índia vim até ao estado a sul de Goa, até à cidade santa Gokarna em Karnakata : a liberdade vem do mar, os povos do mar são melhoras, mais ricos e mais livres! Om Beach , praia semi-deserta, cabanas e coqueiros, gente simples e boa; fiz nudismo tranquilamente e fico a imaginar quantos milhares mai

10 euros

Um homem, depois de ter apanhado uma grande bebedeira vai roubar galinhas. No dia seguinte sente-se muito arrependido, vai ao confessionário e diz: - Sabe senhor padre, eu ontem não estava bem e fui roubar galinhas, o que é que eu hei-de fazer para remediar isto? O padre responde-lhe que ele deve dar 10 euros à primeira mulher que vir. Ele sai da igreja e encontra uma mulher e diz-lhe: - 10 euros! E a mulher responde: - 25! E ele diz: - Mas o senhor padre diz para dar 10! - O senhor padre já é cliente antigo!

Índia, Arambol (Goa), dia 22

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acabou-se a cultura, " se há que chorar / é melhor frente ao mar ." depois há outros mares e há este mar! ontem chamei-lhe amniótico porque não se tem a sensação de frio, nenhuma sensação de frio por muitas horas que se fique dentro de água. se corre uma brisa um pouco mais fria, ao entardecer ou à noite, basta mergulhar. tem-se uma vaga aproximação, a esta maravilha natural, nas caraíbas ou no nordeste do Brasil. fui pesquisar na net e aqui está a resposta , durante o dia estas águas estão bem acima dos 32 graus, 5 graus mais quentes que as das caraíbas, e claro, tem-se uma bela sensação de conforto térmico! fotos da terceira semana em: India, 3a semana

Índia, Arambol (Goa), dia 21

para começar a notícia das moças do Kama Sutra era a mentira de 1 de Abril. o perfume das devadasi respeitadas e admiradas perdeu-se, impuro transgressor e blasfemo, no tempo.  no norte  nem sequer vislumbrei a tenebrosa versão da actual Índia (" There are around 25,000 devadasis in Karnataka today. The practice is also prevalent in other states like Andhra Pradesh, Maharashtra and Orissa. (...) Although traditionally, devadasis may have danced at temples, most of the contemporary devadasis do not even mention this. (...) They are not allowed to marry because technically they are "married to God". Therefore, they are referred to as nitya sumangali – someone who can never be a widow . ") . na Índia a libido está reduzida a quase nada. o erotismo não é apreciado nesta sociedade. as relações sexuais tem apenas funções reprodutivas. a seguinte cena deve ser regra: os parceiros, casados e visando a reprodução, sem se despirem, copulam e uma vez atingida a eja

Eros obscuros

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Paixões tristes (1) Estou na esplanada do A. E sinto-me triste e só. Estes dias não estão a correr como deviam. O sol foi-se, regressou o tempo cinzento e hoje é um dia emocionalmente mau. Faço o tempo correr, brinco com ele de forma infantil, escorre-me por entre os dedos. Para regressar ao mundo dos outros tento marcar uma conversa sobre política com R. e faço uma chamada telefónica a C. para ver como está. Nenhum dos dois me responde à chamada. Passados alguns minutos: recebo um SMS de R. , sugiro o timing da conversa e C. liga-me de volta. Gosto de foder com C. e há uns anos que o faço. Geralmente é uma amante animal, intensa ao ponto de não se recordar do que fez, outras vezes é possuída pela culpa e o sexo se acontece é penoso. Mas antes de começar não é fácil saber como irá ser. C. é casada e ama profundamente o marido, o homem da sua vida, o seu “príncipe azul” como dizem os espanhóis mas ele há muito que deixou de a desejar; ama-a mas sem desejo. Pelo meio C. apaixono

Índia, Varanasi, dia 14

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Varanasi, a porta do céu ... ontem foi dia dos ensinamentos do Kama sutra; duas belas indianas, da casta das devadasi , ensinaram-nos os seus segredos!  Ganges, Crematório,