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A mostrar mensagens de abril, 2012

Harstad

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Harstad em Agosto Em Julho de 1993, estava em Lisboa, sem dinheiro, com um mês de férias e nada para fazer. Os meus amigos, em geral, quando não tinham nada para fazer, iam para a cama e dasatavam a foder, não iam para a Noruega. Eram jovens mas já eram sábios. Sargento Bernardo Eu não, era apenas um intelectual e não sabia foder, fui para a Noruega. Quando se está a 4900km do nosso destino de férias e não se tem dinheiro é melhor preparar-mo-nos para o pior e só assim seremos felizes. Como não tinha dinheiro para transportes, decidi viajar a custo 0, pedindo transporte emprestado a quem passava na estrada. A vigem correi de forma fabulosa, de reabertura de fronteiras, para o ntelectual nerd que eu era, foi mais um necessário contraponto de realidade. Um aparte para quem nunca viajou de boleia: as pessoas que nos transportam sabem que nada sabemos deles e que nunca mais nos verão, por isso abrem-se, abrem-nos a sua intimidade como nunca fizeram a ninguém. em 10 an

A ordem libertária, A vida filosófica de Albert Camus

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L'Ordre Libertaire de Michel Onfray Página 14 "... como nos podemos conduzir quando não se acredita nem em Deus nem na razão." 17 Ultrapassar o nihilismo pela fidelidade à Terra, pela memória da infância, por uma inscrição na ancestralidade e uma filosofia positiva. 24 "Para ele [o filósofo] o verbo faz-se carne, acto, acção, senão não serve para nada. 25 "A lenda de Camus é negativa: ela diz mal de um homem bom- como a de Freud é positiva, diz bem de um homem mau." 27 Camus: "Há assim uma vontade de viver sem recusar nada da vida que é a virtude que honro mais neste mundo." 30 A assinatura existencial de Camus é a intolerância a toda a forma de injustiça. 33 "Não é fácil tornar-mo-nos o que somos." 35 Pena de morte: "Os homens denominam esta vingança , a justiça" ( 6 lts de sangue) 36 "... indivíduos inumanos que reprovam a

Uma rosa e um livro

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St. Jordi em Girona. Uma rosa, um livro e o mau feitio dos catalães.

Violência no jardim (I)

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Não entendo as mulheres submissas, a sua alma é-me estranha. A sensação de alteridade de um homem em relação a uma mulher é-me com elas agravada. Não entendo que raio de alma e que raio de corpo podem desfrutar da dor, da obediência, da humilhação ou da violência física e verbal. É-me incompreensível para mim  que privo, há muitos anos numa relação 24/7 , com uma dor crónica e me revolto a cada segundo: como podem desejar ser espancadas... Visceralmente reactivo à violência, seja cometida contra mim seja contra outrém; absolutamente incapaz de aceitar o exercício da autoridade, imposta sem justificação válida, ao ponto da minha revolta anarquista me pôr por vezes a sobrevivência em risco; confronto-me quotidianamente com este outro ( altĕru ): as mulheres que desfrutam da submissão sadomasoquista: (...) Navegando pela rede encontrei este magnífico e  estranho texto que, como perceberão no final - se tiverem a paciência e a amabilidade de o ler todo -, é sobretudo uma declaraç

Calígula (de Albert Camus)

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pg 22   Calígula: "Este mundo, tal como está feito, não é suportável. Tenho necessidade da lua."      23   Calígula: "Os homens morrem e não são felizes."      31   Calígula: "Governar é roubar"      36   Calígula: "Os homens choram porque as coisas não são como deviam ser."      57   Calígula: "... todas as horas ganhas sobre a morte são inestimáveis."      61   Cherea: "Não há paixão profunda sem crueldade"      82   Calígula: "A solidão! Que é que tu sabes da solidão? A dos poetas e a dos impotentes. A solidão? Mas qual? Ah, tu não sabes que nunca se está só! E que nos acompanha sempre o mesmo peso do passado e do futuro. "      90   Os Patrícios: "... a verdade deste mundo que é a de não ter nenhuma..."      93   Cipião: "Posso negar uma coisa sem (...) retirar aos outros o direito de acreditarem nela."      110 Cherea: "Porque tenho o desejo de viver e de ser feliz."