Índia, Amritsar, dia 6
estou na cidade santa dos sikhs, Amritsar (a cidade do néctar amrit). no Templo dourado sente-se o peso e o apelo dos mártires. saúdo-vos! Nanak (1496-1539) que admirável religião ajudaste a criar! todos os homens iguais, generosidade, curiosidade e orgulho. ser pragmático e orgulhoso, eis uma fórmula mágica! no recinto do templo ouvem-se kirtans e, apesar dos milhares de peregrinos que passam, respira-se paz, tolerância e igualdade (um paraíso comparado com o inferno de indiferença perante a miséria do outro nas margens do Ganges). comove-me esta sociedade tão igualitária. vejo um homem de branco, sikh, bem vestido (um guru?), com aspecto culto, barba bem tratada, adaga à cintura que carrega um balde para lixo e se curva aos pés de um homem deitado, pobremente vestido e de pele escura, para recolher um pedaço de lixo, coloca-o no balde e segue catando mais lixo. descendo ao meu mundo esta imagem é o equivalente a ver o João César das Neves a apanhar lixo no santuário de Fátima... esta