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Harstad

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Harstad em Agosto Em Julho de 1993, estava em Lisboa, sem dinheiro, com um mês de férias e nada para fazer. Os meus amigos, em geral, quando não tinham nada para fazer, iam para a cama e dasatavam a foder, não iam para a Noruega. Eram jovens mas já eram sábios. Sargento Bernardo Eu não, era apenas um intelectual e não sabia foder, fui para a Noruega. Quando se está a 4900km do nosso destino de férias e não se tem dinheiro é melhor preparar-mo-nos para o pior e só assim seremos felizes. Como não tinha dinheiro para transportes, decidi viajar a custo 0, pedindo transporte emprestado a quem passava na estrada. A vigem correi de forma fabulosa, de reabertura de fronteiras, para o ntelectual nerd que eu era, foi mais um necessário contraponto de realidade. Um aparte para quem nunca viajou de boleia: as pessoas que nos transportam sabem que nada sabemos deles e que nunca mais nos verão, por isso abrem-se, abrem-nos a sua intimidade como nunca fizeram a ninguém. em 10 an

A ordem libertária, A vida filosófica de Albert Camus

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L'Ordre Libertaire de Michel Onfray Página 14 "... como nos podemos conduzir quando não se acredita nem em Deus nem na razão." 17 Ultrapassar o nihilismo pela fidelidade à Terra, pela memória da infância, por uma inscrição na ancestralidade e uma filosofia positiva. 24 "Para ele [o filósofo] o verbo faz-se carne, acto, acção, senão não serve para nada. 25 "A lenda de Camus é negativa: ela diz mal de um homem bom- como a de Freud é positiva, diz bem de um homem mau." 27 Camus: "Há assim uma vontade de viver sem recusar nada da vida que é a virtude que honro mais neste mundo." 30 A assinatura existencial de Camus é a intolerância a toda a forma de injustiça. 33 "Não é fácil tornar-mo-nos o que somos." 35 Pena de morte: "Os homens denominam esta vingança , a justiça" ( 6 lts de sangue) 36 "... indivíduos inumanos que reprovam a

Uma rosa e um livro

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St. Jordi em Girona. Uma rosa, um livro e o mau feitio dos catalães.

Violência no jardim (I)

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Não entendo as mulheres submissas, a sua alma é-me estranha. A sensação de alteridade de um homem em relação a uma mulher é-me com elas agravada. Não entendo que raio de alma e que raio de corpo podem desfrutar da dor, da obediência, da humilhação ou da violência física e verbal. É-me incompreensível para mim  que privo, há muitos anos numa relação 24/7 , com uma dor crónica e me revolto a cada segundo: como podem desejar ser espancadas... Visceralmente reactivo à violência, seja cometida contra mim seja contra outrém; absolutamente incapaz de aceitar o exercício da autoridade, imposta sem justificação válida, ao ponto da minha revolta anarquista me pôr por vezes a sobrevivência em risco; confronto-me quotidianamente com este outro ( altĕru ): as mulheres que desfrutam da submissão sadomasoquista: (...) Navegando pela rede encontrei este magnífico e  estranho texto que, como perceberão no final - se tiverem a paciência e a amabilidade de o ler todo -, é sobretudo uma declaraç

Calígula (de Albert Camus)

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pg 22   Calígula: "Este mundo, tal como está feito, não é suportável. Tenho necessidade da lua."      23   Calígula: "Os homens morrem e não são felizes."      31   Calígula: "Governar é roubar"      36   Calígula: "Os homens choram porque as coisas não são como deviam ser."      57   Calígula: "... todas as horas ganhas sobre a morte são inestimáveis."      61   Cherea: "Não há paixão profunda sem crueldade"      82   Calígula: "A solidão! Que é que tu sabes da solidão? A dos poetas e a dos impotentes. A solidão? Mas qual? Ah, tu não sabes que nunca se está só! E que nos acompanha sempre o mesmo peso do passado e do futuro. "      90   Os Patrícios: "... a verdade deste mundo que é a de não ter nenhuma..."      93   Cipião: "Posso negar uma coisa sem (...) retirar aos outros o direito de acreditarem nela."      110 Cherea: "Porque tenho o desejo de viver e de ser feliz."

Albacete

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Dengue

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Não sabia que malandro também apanha dengue. Apanha. Está a correr bem, sintomas ligeiros...

Puxar ou chupar

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(Mú como eu) Um homem magro passa a enorme carroça atrelado, animal de carga, um mú sobe, inclinado e triste. Assalta-me o coração um desejo irreprimível, de empurrar, ajudá-lo a vencera subida. Olho ao meu redor e estou só o esforço do homem a ninguém ofende, sinto-me sozinho, camusiano na minha paixão pelo macho. Sou feito da matéria do mundo mas, estou mais perto do que puxa do que dos que chupam. Sou feito da matéria do mundo ou sou dum material diferente dos que sentados a meu lado sorvem os mesmos sucos finos? Belo Horizonte, 10 de Março de 2012